Olá amigas e amigos do Coletivo Onírico hoje farei aqui um breve
relato do sonho projetado, esperado e vivido em La Paz no Estado Plurinacional
da Bolívia: O Congresso Latino Americano de Cultura Viva Comunitária.
Estivemos Henrique e eu nesse grande encontro sonhado por hermanos
e hermanas de 17 países da Latino América que tem o ideal de valorizar a
Cultura Viva Comunitária , a cultura dos povos originais , dos mestres da
sabedoria popular, o respeito a cultura da terra, o respeito a Pacha Mama, e
além disso pretende que a Cultura Viva Comunitária seja parte da política
pública nacional de cada país envolvido. Escrevendo pelas sabias palavras de
Ivan Nogales, o grande sonhador desse encontro: O sonho de juntos descolonizarmos a Latino América e ocuparmos de volta
nosso território começando pelos nossos corpos.
Ivan Nogales em discurso na abertura do Congresso
Chegar a La Paz é um baque, os 3660 metros de altitude derrubam
qualquer estrangeiro, causando o Soroti, o mal das alturas, “hay que comer
poquito, caminhar lentito e dormir solito” foi a dica do taxista ao
chegarmos em na cidade. A primeira coisa que eu achei diferente foi me deparar
com La Marcha, a passeata é um habito na Bolívia, percebi que os
trabalhadores são organizados e marcham juntos pelos seus direitos, algumas
marchas são mais pacificas outras com rojões , mas ali em La Paz todo dia é dia
de Marchar. Na rua a visão de varias barraquinhas de comércio que “substituem”
os supermercados, vende - se tudo: frutas, água, produtos de limpeza etc. As
Cholas, mulheres indígenas, circulam com seus trajes típicos mostrando a
exuberância da feminilidade latina e aos domingo realizam lutas como esporte! Na
rua se resolve tudo:passeatas, trocas, música, pequenas fogueiras, cozinha... E
ao redor mil casas empilhadas montanha acima lembrando uma familiar favela
brasileira.
Nós do Coletivo Onírico fomos com a missão de nós integrarmos à
construção colaborativa desse congresso, não havia ali nada pronto ou
formatado, senti que a produção era como um organismo permeável e a chegada de
cada participante do congresso era uma potência colaborativa. E ai começou a
função receber e cuidar do pessoal, cadastrar, mapear, cobrir, escrever,
comunicar, elaborar a logística das ações, hacer fiestas e outras mil funções.
O Coletivo se integrou bem na produção com o pessoal de Campinas, Pontão NINA
Griô e Coletivo Moinho, as minas de São Carlos/SP do Pontão de Cultura
Nós Digitais Teia, os meninos do Coletivo Soylocoporti de Curitiba, a
Patricia do Coepi - Pirinópolis, a Reina e Tatiana do COMPAS La Paz , a Besni
da UNILA ,Lab Grio UFRJ com Santini e Aline. Pessoas queridas que fizeram parte
do cotidiano da experiência vivida em La Paz.
Em entrevista no Programa de Televisão do Pépe junto
com os Mestres Alcides e Marquinhos.
Henrique e eu no frio de La Paz!
E nesse clima completamente colaborativo que começa o 1 º
Congresso Latino Americano de Cutura Viva Comunitária, liderados pelo
escritor, diretor teatral do COMPA e sonhador Ivan Nogales. Realizamos os
“Assaltos Poéticos” com o objetivo de retomar cada um dos 5 espaços públicos
pela cultura popular boliviana. Os assaltos representaram, como um todo, a luta
do povo latinoamericano por sua independência e soberania. “Tomar o céu de
assalto é tomar a vida com poesia, ou seja, com alegria plena”, explica
Nogales.
Seguimos a rotina de produção, painéis de debates, oficinas,
comunicação compartilhada, almuerços coletivos, expressões artísticas,rituais e
encontros. Coloco abaixo o tema de alguns painéis debates e oficinas que foram
realizados:
Painel de debate de Políticas Públicas Locais, Nacionais e
Continentais de Cultura Viva Comunitária. Oficina de Georeferenciamiento
Cultural:Cultura Digital, Comunicação Compartilhada e Cartografia Colaborativa”
cultura digital en red y mapeamiento de Plataforma Puente. Painel Debate: Dados
Abertos, Participação, Educação e Democracia Digital;Painel Inaugural: Cultura
Viva Comunitária e Democracia. Também tivemos Os Ciclos de Visão com 16 mesas, ai vão alguns
destaques:Memória e patrimônio para a construção do futuro dos povos;Arte para
a Transformação Social,Educação para a vida e a cultura; Despatriarcalização e
Desconilização; Feminismo y Cultura Comunitária.
Todos esses temas foram debatidos por gestores culturais ,
lesgisladores , artistas, arte educadores, agentes culturais, indígenas e
mestres griôs. Toda latino américa reunida construindo uma nova narrativa
na cultura desse continente!
O Congresso foi um momento para comissão brasileira conversar e
firmar seus pactos, ali no Hotel John Wesley (antigamente frequentado pelo revolucionário Che Guevara) houve um grande encontro de pontos de cultura , de agentes do governo, aliás o Congresso é inspirado pelo programa brasileiro Cultura Viva idealizado por Célio Turino.
Célio Turino no dia da abertura
Festa Latina!
Já de noite, após os Assaltos Poéticos
Niño boliviano! :)
Ritual a Pacha Mama
Texto: Flávia Machado
Fotos: Cobertura Colaborativa de Mídia
E o Coletivo Oniríco apresentou "Catação de História e Contação de Lixo" na Praça Perobo Poca, no Bosque de Barão. A apresentação fez parte de um movimento idealizado pela Mata Santa Genebra no intuíto de ocupar aquela região com diversas atividades culturais. Além do Coletivo, houve feira de trocas, caminhada pela mata e oficina de música com Dalga do Tugudum! 
Olá amigas e amigos do Coletivo Onírico hoje farei aqui um breve
relato do sonho projetado, esperado e vivido em La Paz no Estado Plurinacional
da Bolívia: O Congresso Latino Americano de Cultura Viva Comunitária. 
Neste dia, reuniremos professores,
diretores, coordenadores pedagógicos, arte-educadores e artistas para a
divulgação e capacitação do edital/programa “Mais Cultura Nas Escolas”. Este
programa criado pelo MinC/MEC tem por objetivo promover o encontro de
iniciativas culturais e projetos pedagógicos de escolas públicas de todo o
Brasil. Dessa forma, artistas, grupos, griôs e mestres da tradição oral, arte
educadores, cinemas, pontos de cultura, museus, bibliotecas e outras
iniciativas culturais poderão elaborar projetos em parceria com escolas
públicas em todo o país, dialogando com seus projetos pedagógicos.
Oficializo meu retorno com este pequeno texto após uma pausa de três
meses por conta da vinda da minha parceira para toda a vida: minha filha Lívia.
Digo parceira pois estamos há um mês e meio nos conhecendo, trocando idéias ,
observações e conquistas. E é sobre isto que escrevo:
Delicioso receber nossos amigos e partilhar desse momento. Não pude ficar para a apresentação no final do dia por que a Lívia se cansou e pediu pela sua casa, seu banho e seu Pai. Mas as pessoas que ali estavam para assistir muito colaboraram e continuam a colaborar com o processo: uns na arte gráfica, outros atuando na intervenções, fotografando , cuidando do filho dos outros (valeu Natália e Larissa!), e acima de tudo, dispostos a trocar e ajudar a realizar nossas conquistas. Parceiros para toda a vida!
